Trata-se de um diálogo entre o campo da Psicanálise e o campo do Trabalho, para tecer análises sobre a relação que o sujeito mantém com o seu fazer. Resgata a discussão sobre a dialética entre prazer e sofrimento no trabalho que nos remete diretamente aos aspectos sociais e políticos inerentes ao mundo do trabalho. Cinco reflexões são priorizadas a partir dos temas: um mundo sem trabalho e o adoecimento dos sujeitos; Arendt: trabalho e desassossego; passeando pela história no Brasil; manipulando sujeitos em tempos sombrios; os projetos dos senhores do mundo para o século XXI. O fio condutor da estrutura das ideias, traz um candente alerta sobre a ausência de trabalho seus efeitos imprevisíveis e deletérios sobre o psiquismo. “Nenhuma outra técnica para a conduta da vida prende o indivíduo tão firmemente à realidade quanto a ênfase concedida ao trabalho, pois este, pelo menos, fornece-lhe um lugar seguro numa parte da realidade, na comunidade humana.” SIGMUND FREUD, 1930 [1929]/1986)
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